Três anos após a compra da Crunchyroll por mais de US$ 1 bilhão, a Sony planeja lucrar com o investimento (e irritar muitos fãs de anime) ao excluir usuários gratuitos de uma de suas séries mais populares. A empresa anunciou que em breve será necessário ter uma assinatura paga para assistir além dos primeiros 206 episódios de «One Piece». As piadas sobre bloquear um programa sobre piratas atrás de um acesso pago já estão circulando.
A Crunchyroll vai implementar um sistema em camadas para restringir o acesso dos usuários gratuitos à maior parte do anime, que está em produção desde 1999. A partir de 23 de dezembro, os arcos de história de Water 7 a Fishman Island serão de acesso exclusivo para assinantes. Em 20 de janeiro, os episódios de Punk Hazard até Whole Cake Island (além de seis especiais) serão bloqueados, seguidos por Reverie e Wano Kuni até Egghead Island em 17 de fevereiro.
Até que a nova restrição de conteúdo da Sony entre em vigor, os usuários gratuitos ainda poderão assistir à série inteira com anúncios, como sempre fizeram. Além disso, trechos de «One Piece» estão disponíveis no Hulu e Netflix (que também possui a versão live-action). No entanto, a biblioteca do Hulu inclui apenas até o episódio 384, enquanto a da Netflix vai até o 238. Atualmente, a série conta com mais de 1.100 episódios.
A Sony está em negociações para adquirir a editora japonesa Kadokawa, conhecida por produzir animes como «Senhor Supremo» e «Herói da Ascensão do Escudo», além de jogos como «Anel Elden», «Almas sombrias» e «Sangue». Se os rumores se confirmarem, assistir a muitos animes no Ocidente que não são da Sony pode logo exigir o equivalente digital dos Piratas do Chapéu de Palha.
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