De acordo com um relatório da Reuters, a equipe de transição do presidente eleito Donald Trump está tentando eliminar uma regra estabelecida pela Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário (NHTSA) que exige que as montadoras relatem acidentes se tecnologia avançada de assistência ao motorista ou sistemas de direção automatizados estiverem em uso dentro de 30 segundos após o acidente. A NHTSA emitiu a ordem geral permanente em 2021, dizendo que seu objetivo é coletar dados que possam ajudá-la a identificar possíveis problemas de segurança.
Os dados foram utilizados em investigações de acidentes envolvendo seis empresas até agora, incluindo Tesla e GM Cruise (que encerrará seu programa de robotáxis a partir desta semana). A Tesla «despreza» a exigência de relatórios e acredita que os dados podem enganar os consumidores, informa a Reuters, citando fontes próximas aos executivos da Tesla. Em documento visto pela Reuters, a equipe de transição encarregada de elaborar uma estratégia de 100 dias para a política automotiva recomendou que a nova administração revogasse o requisito, dizendo que requer uma coleta «excessiva» de dados.
Não se sabe se Elon Musk – que doou mais de 250 milhões de dólares para ajudar Trump a ser eleito e foi escolhido para liderar o novo «Departamento para a Eficiência Governamental» ao lado de Vivek Ramaswamy – teve algum papel na recomendação. A Tesla relatou mais de 1.500 acidentes e foi responsável por 40 dos 45 acidentes fatais relatados à NHTSA, segundo a Reuters. Mas, de acordo com Bryant Walker Smith, professor de direito da Universidade da Carolina do Sul, que conversou com a Reuters, a Tesla tem mais carros na estrada equipados com tecnologia avançada de assistência ao condutor e recolhe mais dados de acidentes em tempo real do que outras empresas, o que pode resultar em um número desproporcional de acidentes reportados.
FONTE